quinta-feira

Curiosidade

A Teologia do Novo Testamento preferida na América Latina é a de JOACHIM JEREMIAS (1900-1979), influente teólogo alemão também ele, quase que contemporâneo de BULTMANN. Essa teologia, da qual Jeremias conseguiu redigir somente o primeiro volume, todo ele dedicado à proclamação de Jesus, foi traduzida e publicada no Brasil em 1977. Ela é, em tudo, a alternativa. Seguindo os trilhos da teologia liberal, Jeremias constrói a fé sobre o Jesus histórico, convicto de que a metodologia histórica seria capaz de provar a messianidade do nazareno. Por isto mesmo, a proclamação da comunidade posterior está integralmente prefigurada em sua pregação e atuação.

Jeremias é crítico em suas análises, mas conservador em seus resultados, sendo o Jesus histórico a medida do evangelho. Onde se sofre sob opressão histórica e cativeiros babilônicos, a exemplo do que ocorre na América Latina, tal posição logicamente atrai mais simpatias do que a de Bultmann.

É curioso que, a despeito da diferença do enfoque, a cristologia neste continente se sentisse mais afinada com a teologia liberal do que com a teologia do querigma de Bultmann e até mesmo de Karl Barth. Por isso, não causa surpresa que uma série de outras obras de J. Jeremias fosse igualmente traduzida para o português, entre elas “As parábolas de Jesus”, “Jerusalém no tempo de Jesus”, “A mensagem central do Novo Testamento.”

Aposição de Jeremias volta a colocar a fé cristã na dependência das potencialidade da pesquisa histórica e dos resultados positivos que deve produzir. Será procedente a tentativa de comprovar historicamente a revelação de Deus em Jesus de Nazaré? Levantam-se sérias questões teológicas, a exemplo de relevância dos eventos pascais para as comunidade cristãs emergentes e do significado da fé.

A maioria dos especialistas, autores de “Teologias do Novo Testamente” nos últimos decênios, não conseguiu acompanhar o extremismo nem de Bultmann nem de Jeremias, situando-se em algum lugar na faixa intermediaria entre o conseqüente historismo de um lado e a desistorização do querigma de outro.

Fonte: http://www.mphp.org
Dr. Gottfried Brakemeier

Biografia Joaquim Jeremias


Joachim Jeremias nasceu em 20 de setembro de 1900, na cidade alemã de Dresden. Viveu durante cinco anos, de 1910 e 1915, na cidade santa, Jerusalem. Em 1922 e 1923, ele concluiu os seus estudos de teologia e línguas orientais com um doutorado em cada disciplina.
Foi um teólogo alemão Luterano estudioso e professor universitário para o Estudos do Novo Testamento.

Jeremias foi nomeado em 1935 para a cadeira de estudos do Novo Testamento da Universidade Georg-August de Göttingen, onde lecionou até sua aposentadoria em 1968, ele passou de Göttingen para Tübingen, onde faleceu em 1979.

Esse influente teólogo seguindo os trilhos da teologia liberal, constrói a fé sobre o Jesus histórico, convicto de que a metodologia histórica seria capaz de provar a messianidade do Nazareno. Por isto mesmo, a proclamação da comunidade posterior está integralmente prefigurada em sua pregação e atuação. Jeremias é crítico em suas análises, mas conservador em seus resultados, sendo o Jesus histórico a medida do evangelho.

Trabalho Acadêmico

Suas pesquisas e publicações cobriu um amplo campo, desde a histórica e arqueológica para os estudos literários e filosóficos. Elas incidem sobre a Bíblia Hebraica e textos rabínicos relevantes para uma análise crítica do Novo Testamento, a fim de reconstruir o ambiente histórico de Jesus em toda sua complexidade, para fornecer uma compreenssão mais profunda de sua vida e ensinamentos. Suas realizações encontradas obteve reconhecimento nacional e internacional, reconhecido pelo ingresso na Academia de Ciências em 1948 e à atribuição de doutoramentos honoris causa das universidade de Leipzig, St Andrews (Escócia), Uppsala (Suécia) e Osxford (Inglaterra).